quinta-feira, 30 de setembro de 2010

VISITA DO MISSIONÁRIO MARCELO PEREIRA

O missionário Marcelo Junior Pereira do Instituto São José de Goiás que brevemente será ordenado sacerdote, esteve no mês de agosto último visitando o Pe. Obelino e seus pais que residem aqui em Paiçandu e nos deixou seu testemunho que merece atenção e reflexão.
VEJA QUE TESTEMUNHO SURPREENDENTE.




VOCAÇÃO: nos descaminhos Deus se faz caminhante
Sou Marcelo Junior Pereira, filho de Idelmicio Pereira e Francisca Inascio dos Santos Pereira e imão de Márcia Cristina Pereira. Nasci em Nova Aurora e cresci aqui em Paiçandu; estudei na escola Terezinha G Luppi e nos Colégios: Heitor de Alencar Furtado e Vercindes Giroto dos Reis, meu primeiro emprego foi na Cocamar onde trabalhei por um período de aproximadamente quatro anos. SOU DE MATRIZ RELIGIOSA CRISTÃ PROTESTANTE (ASSEMBLÉIA DE DEUS), estava sempre na comunidade e sentia de fato que Deus queria algo mais de mim. Mas parece que as pessoas não enxergavam, ou não era mesmo para enxergar naquele momento, sei lá. Eu de fato não era um dos melhores em termos de comportamento, sempre meio curioso, daqueles que paga pra ver; prova disso foi o fato de me envolver com a dependência, vindo conseqüentemente a perder os vínculos com os estudos, trabalho, família enfim.
Numa tentativa de redimensionar a vida, deixei o estado do Paraná, percorri mais dois Estados do Brasil, chegando à condição de rua. Nestas fugas sentia que de fato não estava me projetando no horizonte de uma vida digna, mas não bastava saber. A dependência nos tira a capacidade de se autodeterminar. Entrei num processo de percas e sofrimento, depois de alguns anos, lembro-me que numa sexta-feira do mês de agosto de 2001, quando por conta da perca dos meus documentos pessoais, procurei informações de um senhor que aparentava cerca de uns trinta e nove anos de idade, para me indicar onde eu poderia encontrar alguém que possuísse um carro de som e pudesse fazer um trabalho de divulgação.
Depois de alguns minutos de conversa este senhor veio a se identificar dizendo que era o padre da cidade. Para mim fora um choque: Puxa aonde vim parar! Na minha estrutura mental existia um estereotipo de que tudo que estava relacionado à Igreja Católica era misterioso e do mal.
Ele teve a sensibilidade de ler na minha expressão o fato de que por detrás da perca daqueles documentos havia a perca de uma identidade de filho de Deus. Bem, mesmo com certo receio dormi aquela noite em um quarto do Instituto São José, um lugar usado para retiros.
Na manhã seguinte fui convidado a ir à missa com o padre; nem sabia o que estava acontecendo, as mãos estavam frias. No decorrer da celebração mesmo sem entender o rito, podia perceber que algo me falava ao coração. Almoçamos e no final da tarde disse ao padre: PRECISO DA SUA AJUDA, POIS QUERO SER IGUAL AO SENHOR, QUERO SER PADRE, ELE SORRIU, ACREDITO QUE NÃO DEVA TER ACREDITADO, e com razão! Mas me disse: então a partir de hoje você deve deixar a dependência. Mesmo sem se dar conta de como, nem se iria mesmo conseguir disse: Sim!
Os anos se passaram me fiz Católico, conclui meus estudos: Filosóficos, Teológicos e um Mestrado em Ciências da Religião pela PUC Goiás, neste ano de 2010 recebi o chamado de Deus para estar em missão na Diocese de Humaitá no Amazonas, lá Dom Francisco Merkel, me conferiu os ministérios de Leitor e Acolito vindo a ser ordenado Diácono com vista ao presbiterado (padre) para o serviço da Santa Igreja.
Agradeço: a Deus, à minha família, ao padre Jaso Ribeiro da Silva Junior, pela minha vocação.
Hoje de férias em Paiçandu agradeço a Sra. Valdirene e sua família, da PASCOM e ao Pe. Obelino pároco da Jesus Bom Pastor pelo acolhimento. E a todos os leitores deste jornal que conseqüentemente a partir de agora eu peço que rezem por mim.

Um comentário:

  1. Uma bela e marcante historia vocacional. Que sua vida seja um constante sinal de quanto Deus misericordioso com seus eleitos.

    Ir. Daiane

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