Dom Canísio Klaus
Bispo Diocesano de Santa Cruz do Sul
No dia 12 de outubro celebramos a festa de Nossa Senhora Aparecida, a mãe do povo brasileiro. E como todas as mães, Nossa Senhora tem carinho especial para com seus filhos menores e mais frágeis, que são as crianças. É por isso que a coincidência de datas (dia de Nossa Senhora Aparecida e dia das Crianças) nos leva a dizer que Nossa Senhora Aparecida é a mãe das crianças do Brasil.
Costuma-se dizer que um país que não cuida das suas crianças e dos seus adolescentes está fadado a ter um futuro nada promissor. O mesmo podemos dizer das comunidades cristãs que não zelam pelas suas crianças e pelos seus adolescentes. Elas estão fadadas a desaparecer num futuro não muito distante.
Cuidar das crianças e dos adolescentes como comunidade cristã, pode significar a necessidade de criar ambiente próprio para as crianças nas celebrações. Pode significar a organização da Pastoral da Criança e da Pastoral do Menor. Pode significar a dinamização da Pastoral dos Coroinhas, a qualificação da catequese e a dinamização das celebrações. Cuidar das crianças pode implicar no desenvolvimento de ações com as mães gestantes e com os jovens que se preparam para o casamento.
O exemplo de mãe para os cristãos é Maria, a mãe de Jesus. Entre os inúmeros títulos com os quais ela é invocada, o povo brasileiro a venera como Nossa Senhora Aparecida. A origem da devoção vem do ano de 1717, quando dois pescadores tiraram a imagem enegrecida das águas do rio Paraíba. No encerramento do Congresso Mariano de 1929, de posse da imagem tirada do rio, Nossa Senhora foi proclamada Rainha do Brasil, com o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Em 1931, na presença do presidente Getúlio Vargas, ela foi aclamada como “Rainha e Padroeira do Brasil”. Em 1980, pela Lei nº 6.802, foi decretado feriado nacional no dia 12 de outubro. No mesmo ato, Nossa Senhora Aparecida foi reconhecida oficialmente como padroeira dos católicos do Brasil.
Que a Mãe Aparecida olhe com carinho para o povo brasileiro. Que ela inspire os governantes a promoverem a paz e a justiça social. Ajude os pais a educarem seus filhos nos valores do Evangelho. Ilumine a Igreja a promover ações de solidariedade e a se transformar em “casa e lugar de comunhão”. E que acima de tudo, a Mãe de Aparecida ampare as crianças do Brasil, para que elas possam “crescer em tamanho, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens”, a exemplo do seu Filho Jesus de Nazaré.
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